domingo, 6 de fevereiro de 2011

Infinito


Não temo obstáculo de cristal ou vidro,
ascendo aos mundos das estrelas e me aventuro no infinito,
deixando a meus pés o globo terrestre
Giordano Bruno


O professor e arquiteto Paulo Mendes da Rocha, em Vitória , olhava o mar, no mesmo lugar onde ele depois projetou o Cais das Artes. e apontando o horizonte sem fim ensolarado, me dizia : " Veja a África, ela está logo ali", girou o corpo em uma mudança de 180 graus, mirou as montanhas que encerram o sítio natural da cidade a oeste, e continuou : " E o oceano Pacifico, fica logo após estes montes. Vitória é o porto, o portal que liga a África `a América Latina ".
O que faz que quando olhamos o mundo, com os pés sobre o solo, muitos olhos identifiquem os limites, se regozijem e se submetam com a demarcação, as cercas e os muros, e ao mesmo tempo outros, nos mesmos lugares, identifiquem e percebam o ilimitado, o infinito, o que está além das fronteiras, o que ultrapassa o ponto de fuga próximo?
Vendo menos, será possível imaginar mais”, diz Rosseau.

Nenhum comentário:

Postar um comentário