segunda-feira, 8 de agosto de 2011

registros e marcas


as ruínas ocupam os vazios e suas fachadas esgarçadas contra o céu esvaziam o sentido das estreitas ruas da capital, 
como as janelas, deixando passar 
a escuridão dos interiores desocupados, 
deixando escapar
os riscos deixados nas paredes, 
as tintas descoradas pelas chuvas e pelo sol,
as estatuas sem nome, em bronze e mármore. 
quem quer guardar sem limite as memórias de outros, 
guarda sem fins e objetivos 
a tradição emprestada, dos vitoriosos, dos vencedores, dos donos do papel e dos lugares,
sem fazer o futuro.