sexta-feira, 4 de julho de 2014

Flores do mal


Vejo muitos medos e angustias, preocupações e inseguranças nas faces burguesas, leio e ouço nos becos e colunas um ruído surdo, que ocupa os lares e as falas; sinto uma tensão no ar, uma pressa, uma urgência na cidade, mas quem são e de onde vem estes bárbaros, estes outros que incomodam tanta gente?
Quem são estes milhões, multidão que invade as nossa metrópoles, suja as nossas ruas e ocupa as nossas praças e praias com seus insensatos desejos, com seus impossíveis sonhos e suas enormes aflições?
Quem são estes estrangeiros que invadem o nosso mundo, em massa, inundam os nossos lugares com as suas novas aquisições, com seus carros brilhantes , seus bens e vestimentas de marca, enchendo em gritos os bares e os shoppings, se multiplicando em bandos familiares, deslocando-se em aplicadas tropas de jovens e de velhos?
Quem são estes que abandonam os seus sítios originais, e movendo sem ordem, filas e educações, caminhando sem princípios e fins, desconhecem as praticas e conhecimentos civis, quem são aqueles que deslocam com pressa, altivos, barulhentos e brutais, sem pátria e sem lei?
Não haverá chefes e comandantes neste exercito entusiasmado pelas  noites de sábados, pelos churrascos em domingos e dias de feriados, acelerados, seus corpos e espíritos, pelos inúmeros shows e espetáculos, animados pela musica ritmada das festas, dos ritos e comemorações?