Há um exercício de esquecimento permanente na maneira que as coisas vão se acabando lentamente, se desmanchando
ponto a ponto nas cidades, em Vitória,
deixando em pó e areia os objetos,
as casas e os acontecimentos, que ao menor sopro do vento se dissolvem no ar e
na maresia junto ao canal do porto.
A cidade, entretanto,
não revela seu
passado, mas ele esta' ali, como as linhas da mão: escrito nas esquinas das ruas, .., cada
segmento, por sua vez, marcado com arranhões, entalhes, ornamentos.
Italo Calvino
Como reconhecer e
registrar, revelar o que esta’ perto, escrito logo ali, mas também o que se dissolve na areia?