sábado, 5 de março de 2011

Ventos e tempestades



Edifícios são objetos e sujeitos de nossos sonhos, flutuam em nossos desenhos e nossas mentes, vagam pelos ares circulando por entre altas nuvens até que possam pousar, em ofertas propícias, sobre os nossos sítios e lugares. 
Projetos são desejos que rasgam as manhãs e as tardes, enveredam sozinhos nas cidades, em contramão, como brisas que permeiam esperança nos estreitos intervalos das duras pedras de nossas ruas e solidões. 
São como ventos generosos que nos insuflam alegrias e possibilidades nunca imaginadas até serem pensadas e inventadas.
São como intempestivas tempestades a correr e mover os céus, empurrando ao longe as tristezas e melancolias do repetido, do banal e do igual.
E quando eles e elas cessam, ventos e tempestades, na calmaria da morte, somos menos e menores porque nos faltam a sua fala e o seu desígnio.

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